domingo, 18 de março de 2012

पेकुएना क्रोनिचा दोस pedaçओस फ्लुतुंतेस दे मीम, फ़्रगुइमेन्तदोस पेलो cotidiano

"a alma semi barbára só é alma pela violência dos intintos.
interpretá-la com uma sobriedade artificial seria tirar-lhe a alma"
josé américo de almeida.
meus fantasmas... vou escrever a crônica da miséria: parece que no interior, na margem posso achar o interior de mim, posso vislumbrar o que falta, o que sobra é claro como o pingodameiodia, quero re-significar a capital daquilo que eu sou, as vezes negar faz sentido, mas só as vezes, o parto é agonizante, os dois jovens beiram a morte, agonizavam no asfalto quente, eu banquei o herói (Jesus ou Deus) miserável. Via sonho libertei os presos de cabelo azul, na fuga segui o rastro da calça arriada e da calcinha fio dental do meu sonho.
talvez a crônica dê certo...
nao estou nem aqui
(dissirei o que já disse!
O que é isso?
Digaria que não é mais...
Dissizariei o que vou dissizar!*)
Passara o tempo, e eu me ocupei com os pássaros, do vocabulário de caça do meu pai, com os passarinhos da minha infância também*, a brisa que soprou naquele dia no sertão junto com as jovens almas me levou pra longe, muito longe, estou no Rio de Janeiro, é preciso continuar a crônica, tenho a impressão que estou mais perto de saber que lugar ocupo no espaço.

Outros pequenos pedaços se encontravam em um bloco de notas, que junto com o caderno de desenho e meu estojo foram furtados por uns jovens do bichinho, lá em Tiradentes, justo na minha terra natal...
O mais incrível foi ver a bolsa depois de uns meses quando retornei a Minas, durante as festividades do dia dos pretos velhos, la estávamos e ouvimos um som bem tradicional e simples, instrumental, demos por conta: eram três homens que vinham ao longe subindo a rua que fazia uma bela encruzilhada com a rua em que estávamos, eles vinham subindo e nos ficamos todos prostrados em admiração. Menos eu, estava inquieto, admirando a musica mas colhendo pequenos objetos do chão.
Quando já estavam perto, passei a observá-los com mais atenção: feições simples meia idade, um vesgo, dois de chapéu, cigarro de palha na boca, viola, pandeiro, e uma espécie de “violinha”. Apesar do frio estavam todos de sandálias de dedo, pude ver no mais velho uma alça de bolsa do tipo caçador, bem simples, no sertão chamam de bizaco, me curvei para ver melhor e fiquei estuperfado em perceber que se tratava de minha bolsa perdida, e que eu reencontrara a possibilidade de reaver meus cadernos, era um dia auspicioso, eu sabia disso...
Assim que terminou aquela cançao me coloquei no espaço dos músicos no meio daquela encruzilhada perguntei de forma humilde: se sabia do paradeiro dos cadernos, ele apontou para um dos amigos, um pouco constrangido porem muito cordial, dizendo que tinha achado a bolsa vazia em um caminho na beira da estrada, nesse momento Ines sabia do acontecido e disse: uma teia!
O velho se apresentou como Curió antigo morador de Tiradentes conhecia meus pais e guardava memória deles a mais de vinte anos atrás, ele mostrou a bolsa e disse que tinha muita feição por ela, pois ele lia a data: 2007, ano da morte de meu pai ele disse. Ines mais uma vez observou assustada, na bolsa estava escrito: TEIA ( pois era fruto de um encontro que eu tinha ido em BH).
Deixei a bolsa com ele, tocaram mais uma musica e quando nos despedimos ele me convidou para tomar café em sua casa no dia seguinte, recusei pois voltaria ao Rio naquela manha.
Quando cheguei em casa, desenhei o trio, no caderno que minha mãe me deu ao saber que eu estava sem... ela também tinha dado o outro(furtado), eu sentia saudade da frase do antigo caderno escrita por ela: arte é para sentir.
Dói no coração um caderno perdido, quando é especial, passa por experiências, viagens, pessoas, antes desse também tive um outro esquecido no banco do ônibus, capa de couro vermelha, não me lembro se chorei...
Provavelmente...
Havia sido roubado de minha mãe, estava guardado a muitos anos, eu o amava, como narciso amava seu reflexo no espelho, ou mais.
Chego a lembrar dos amores que se foram...
Vem a mim uma memória da perda, dessa dissolução desses castelos, é mai fácil gravar em um caderno do que nas pessoas.
No outro agente não vê o que desenha pinta escreve e grava com nossas ações, não é tão aparente.
Mas quando vez por outra, me refazendo arranco paginas, muitos desenhos da mesma mulher. Arranquei varias vezes, queria ser um caderno, pra arrancar de mim, esboços de amores e planos quem não deram certo.

A Cidade

Juntando a questão da morte iminente na cidade, pesadelos, sonhos de amor doentios e outras questões meio pra baixo.
Amigo aqui, so a sola do meu sapato..
Ia eu andando cima a baixo ouvindo musica, como nunca, isso somado ao óculos de lentes alaranjadas bastante fumaça, produzia um efeito retardante no tempo, era possível criar eu o meu próprio dia, como se vivendo em outro andar...
Mas era preciso estar sempre em movimento, a realidade grita, sei que a realidade individual atua e pode transformar o mundo, mas a mudança do olhar e do tempo espaço que poderia estar procurando, independe e provavelmente e pouquíssimo ativa; como uma relação simples, de observação, superficial.
Se minha cabeça não vai bem, sinto fortes dores musculares, a tenção também costuma desencadear uma serie de sintomas na pele e no sistema digestivo.
Sou um estrangeiro em minha própria terra! Eu também...
Não há conforto, em ninguém.
Sonhei uma vez quando dormi no salão onde ficam os atabaques: estava voltando da aula, estava sosinho, a rua da alfândega estava deserta, eu tinha a sensação de estar carregando algo valioso, sob as marquises duas pessoas sentadas, uma delas eu vi depois, porque estava deitada, se ergueu dizendo:Morri!!, acompanhando gemidos e choros, estava cheia de curativos pelo corpo, o outro parecia estar com a mao estendida como quem pede esmola e chorando...
Eu andava mas meu andar não movia o mundo, nem o mundo se movia nem eu saia do lugar, continuava andando e continuava de frente para aquelas duas pessoas, decidi em sonho pular e me fingir de louco, por medo.
Na cidade grande, a morte e a miséria estao na espreita, como nunca. Se no campo (lembro agora de um agricultor mais velhos falando da vida no campo, que é como no campo de futebol, a diferença é que a bola bate em você e não o contrario) a morte tem um sentido natural de renovação, na cidade a morte esta mais perto, bem como sua propaganda, deixando todos flutuando. O que quero dizer é que a morte esta mais próxima da ação do pensamento.
O desespero faz convite a morte, a embreaguez é um tipo de morte, o ultimo gole.
O vazio conforta o homem.
O medo da morte iminente me atinge. La estava o Frances no fim de seu passeio de bonde, sobre os arcos, o triunfo da morte, ele só estava pousando para foto quando foi surpreendidos por uma pancada, ainda ficou pendurado, mas despencou do alto. A imagem mais chocante pra mim, não seria a da queda o som, e a poça de sangue, mas a imagem dos meninos urubus, que como na guerra, se aproximaram e colheram os espólios do inimigo. A morte?
Uma criança se aproxima em uma pequena bicicleta, vem em minha direção, um menino negro, no olho esquerdo um curativo, como um tapa-olho, no olho direito a olheira de um velho que já viu o pior.
Parou na minha frente e gritou: Quer pó?
Nunca mais voltei La...
Laysa no sertão da Paraíba na sabedoria dos seus 7 anos disse: “nunca diga que a mãe natureza não faz nada pra você, nunca diga isso, porque ela esta cuidando de outro lugar, outro planeta, depois ela volta pra esse e cuida, nunca diga que a mãe natureza não faz nada por você!”

-ninhos e cubículos
No Apartamento que divido com meus colegas, me sinto em casa, não por eles isso independe, mas por ficar no resquiço de senzala do apartamento, em todos os mais antigos de STA tem a dependência da empregada, sem janela, que mal cabe coisas...
Lugares assim causam grande conforto, são uterinos pra mim.
Sempre tive essa simpatia por pequenos ninhos. E esses cubículos refletem como me sinto, ou seja, seja o quanto for que esteja bagunçado, me causa um prazer que vem da honestidade, pois quando ruim, estou pior, esta ele.
Meus amigos nesse caso: ratos e baratas, sempre me acompanharam, dês da infância.
Sem falar da chuva, quando chove sou tomado pela mesma sensação belíssima, de honestidade e harmonia com o mundo, geralmente chove quando estou triste, quando não a chuva me leva para um estado de melancolia, aprendi muito com ela, com a chuva: ela ensina o desapego, ela é quase uma virada de ano.
Não so as pessoas, aprendi que os espaços podem ser opressores, costumam ser desenhados assim, mas não havia no mundo lugar mais confortável que o útero, depois debaixo da mesa, dentro do armário, no buraco enorme feito para a construção de uma fossa, afinal... onde estão nossas cavernas sagradas?
Já não é aceitável que um adulto se enfiee entro de um armário pra procurar o que não sabe o que, ainda assim vez por outra procuro esses espaços, uma vagina pode ser essa gruta sagrada. Um caleidoscópio também.
Isso me leva a um lugar bem especial, nada distante dos cadernos, dos sonhos e da minha infância.
Ate que ponto o mundo externo é um reflexo do mundo interior?

em construçao....
-sangue árabe e a teia da aranha
-o ultimo primeiro grande livro...